sábado, 23 de fevereiro de 2013

A RENÚNCIA DO PAPA












A inesperada renúncia do Papa deixou o mundo perplexo. Católicos ou não, 
todos especulam sobre o assunto considerado inusitado. Entretanto, 
tal renúncia não é tão incomum assim. Na história da Igreja Católica, 
vinte e dois papas já renunciaram ou foram obrigados a isso, 
antes de Bento XVI.

O professor de História da Igreja, cônego da catedral de Barcelona (Espanha) 
Josep María Martí Bonet, explica as renúncias papais, entre as que
foram espontâneas e as que foram violentas. Algumas, inclusive, que terminaram 
com o assassinato do papa.

O cônego sustenta que na ÉPOCA ANTIGA, se não considerarmos os muitos 
papas mártires, encontramos seis possíveis renúncias. S
ão as de Ponciano (anos 230-235), que morreu no exílio e 
renunciou pelo bem da Igreja; 
Eusébio (ano 309); João I (523-526); Silvério (535-537), acusado de alta traição 
por Belisário; João III (561-574), e Martinho I (649-655), que renunciou para facilitar 
a eleição de um papa que não fosse problemática e morreu exilado na Criméia.
Segundo o trabalho histórico inédito, elaborado após a renúncia de Bento XVI,
 na ÉPOCA MEDIEVAL 
foram obrigados a renunciar Constantino II (767); João VIII, 
ao qual tentaram envenenar; Estevão VI (896-897), que foi linchado 
e posteriormente estrangulado na prisão; e Leão V (903), 
que foi assassinado pelos mesmos que mataram Cristóvão (o antipapa) 
no ano de 903. 
O papa João X (914-928) foi envenenado e assassinado 
pela matriarca romana Marózia, que também matou Estevão VII (929-931). 
O filho de Marózia, Alberico, assassinou sua mãe e também o papa João XI (931-935). 
O papa Bento V (964) foi obrigado a exilar-se em Hamburgo; 
Bento VI (973-974) foi assassinado no castelo de São Angelo de Roma,
e Bonifácio VII (984) 
também teve que se exilar e foi assassinado. João XIV (983-984)
morreu de fome no castelo de São Angelo; Bento IX (1033-1045) 
foi acusado de comprar o pontificado, e Gregório VI (1045-1046) 
foi deposto e exilado. Bento X (1058-1059) 
renunciou por próprio convencimento e se transformou em um simples cardeal; 
João XXI (1276-1277) morreu em um acidente em Viterbo, e Celestino V (1294)
renunciou.

Na ÉPOCA MODERNA, nos últimos seiscentos anos, o papa Gregório XII (1406-1414) 
foi o último a renunciar antes de BENTO XVI (2005-2013), 
que comoveu o mundo católico com seu inesperado anúncio de que deixará 
o pontificado no dia 28 de fevereiro próximo.
Ante os fatos acima, concluímos que a Igreja vem enfrentando polêmicos desafios 
ao longo de sua história de 2000 anos. 
No momento predominam os problemas da modernidade, as mudanças culturais 
e sociais que atingem toda humanidade.
Esperamos que a Igreja Brasileira, com o maior número de fieis no mundo, 
venha a contribuir para a compreensão da atual situação, a partir da rica experiência 
da Teologia da Libertação, de suas consequências e evolução.
A inesperada renúncia do Papa deixou o mundo perplexo. 
Católicos ou não, todos especulam sobre o assunto considerado inusitado.
Entretanto, tal renúncia não é tão incomum assim. 
Na história da Igreja Católica, vinte e dois papas já renunciaram ou foram 
obrigados a isso, antes de Bento XVI.

O professor de História da Igreja, cônego da catedral de Barcelona (Espanha) 
Josep María Martí Bonet, explica as renúncias papais, entre as que foram 
espontâneas e as que foram violentas. 
Algumas, inclusive, que terminaram com o assassinato do papa.

O cônego sustenta que na ÉPOCA ANTIGA, se não considerarmos os 
muitos papas mártires, encontramos seis possíveis renúncias. 
São as de Ponciano (anos 230-235), que morreu no exílio e renunciou 
pelo bem da Igreja; Eusébio (ano 309); João I (523-526); Silvério (535-537), 
acusado de alta traição por Belisário; João III (561-574), e Martinho I (649-655),
que renunciou para facilitar a eleição de um papa que não fosse problemática e
morreu exilado na Criméia.

Segundo o trabalho histórico inédito, elaborado após a renúncia de Bento XVI, 
na ÉPOCA MEDIEVAL foram obrigados a renunciar Constantino II (767); 
João VIII, ao qual tentaram envenenar; Estevão VI (896-897), 
que foi linchado e posteriormente estrangulado na prisão; e Leão V (903), 
que foi assassinado pelos mesmos que mataram Cristóvão (o antipapa) no ano de 903. O papa João X (914-928) foi envenenado e assassinado pela matriarca romana Marózia, 
que também matou Estevão VII (929-931). 
O filho de Marózia, Alberico, assassinou sua mãe e também o
 papa João XI (931-935). 
O papa Bento V (964) foi obrigado a exilar-se em Hamburgo; 
Bento VI (973-974) foi assassinado no castelo de São Angelo de Roma, 
e Bonifácio VII (984) também teve que se exilar e foi assassinado. 
João XIV (983-984) morreu de fome no castelo de São Angelo; 
Bento IX (1033-1045) foi acusado de comprar o pontificado, e 
Gregório VI (1045-1046) foi deposto e exilado. 
Bento X (1058-1059) renunciou por próprio convencimento e se transformou 
em um simples cardeal; 
João XXI (1276-1277) morreu em um acidente em Viterbo, 
e Celestino V (1294) renunciou.

Na ÉPOCA MODERNA, nos últimos seiscentos anos, o papa Gregório XII 
(1406-1414) foi o último a renunciar antes de BENTO XVI (2005-2013), 
que comoveu o mundo católico com seu inesperado anúncio de que deixará 
o pontificado no dia 28 de fevereiro próximo.
Ante os fatos acima, concluímos que a Igreja vem enfrentando polêmicos 
desafios ao longo de sua história de 2000 anos. 
No momento predominam os problemas da modernidade, 
as mudanças culturais e sociais que atingem toda humanidade.
Esperamos que a Igreja Brasileira, com o maior número de fieis no mundo, 
venha a contribuir para a compreensão da atual situação, 
a partir da rica experiência da Teologia da Libertação, 
de suas consequências e evolução.

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